Nesta quarta-feira (16), o Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou o já aguardado aumento na taxa de juros do país, o primeiro desde 2018. A elevação será de 0,25 ponto porcentual (p.p.) para o intervalo entre 0,25% e 0,5% e não para por aí.
- Outros sete aumentos de 0,25 p.p. devem acontecer ainda em 2022. Em 2023, serão mais três altas e em 2024 a tendência é de estabilização.
Mas por que os EUA estão aumentando a taxa de juros?
O objetivo aqui é travar o aquecimento da economia para reduzir a inflação, que em 2021 avançou 7,5%, a maior alta em quase quatro décadas. Se você aumenta a taxa de juros, o acesso ao crédito fica limitado e consequentemente diminui a circulação de dinheiro e por último, desacelera o consumo.
Se o consumo está alto e o mercado não dá conta de atender essa demanda, os preços sobem. Então se a demanda é travada, a tendência é que a alta de preços também seja.
E como isso afeta o Brasil?
O principal impacto deve ser nos investimentos. Quanto maior a taxa de juros de um país, mais rendimento de renda fixa se dá ao investidor.
Quando essa alta taxa chega a uma nação de economia forte, como a dos Estados Unidos, a tendência é de que o dinheiro seja retirado de países de economias mais frágeis e instáveis, como a do Brasil, e seja realocado para os EUA. Portanto, a tendência é de valorização do dólar frente ao real e pressão sobre os nossos ativos de renda variável.
Fonte: The Compass
