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Chico quintuplicou a meta

“Pagamos o preço do noviciado”, diz Francisco Simeão, idealizador do Ecoparque Bairros Integrados, ao anunciar que 43 prédios começam a sair do chão

Chico quintuplicou a meta

Francisco Simeão mexeu novamente no calendário de implantação do Ecoparque Bairros Integrados, na área de 1 milhão de metros quadrados localizada na porção Oeste de Cascavel, mesmo local que abriga sua fábrica de prédios.

A perspectiva para início da construção dos edifícios agora é 1º de junho de 2025. Por outro lado, o calendário de entrega dos apartamentos acelerou. “Entregaríamos 240 apartamentos em 2026. No novo cronograma vamos entregar 1,2 mil unidades até maio do próximo ano”, disse Simeão ao Pitoco do último dia 16.

Segundo o empresário, a acelerada no cronograma se deve ao número de inscritos para viver no Ecoparque. “Já são 550 reservas”, disse.

Até dezembro de 2027, Simeão quer entregar 4,8 mil apartamentos distribuídos por 43 prédios entre 15 e 20 andares, constituindo uma “cidade dentro da cidade”, com mais de 16 mil moradores.

Pitoco – Agora vai?

Chico Simeão - Eu e meu sócio Luiz Bonacin acertamos no que temos experiência, construir a fábrica. Ela está pronta faz 18 meses. Erramos, pagamos o preço do noviciado, na aprovação do loteamento. Trata-se de um projeto disruptivo, inédito no mundo, tem suas complexidades. Só agora está destravando, um ano e meio parado, graças a Deus não pegamos financiamento prá fazer isso, senão estávamos loucos.

Os perrengues esfriaram seu ímpeto?

Nesse período de espera descobrimos erros no projeto, que agora está muito melhor. Estou mais feliz e animado, está perfeito, é um encanto. Uma família com renda de R$ 6 mil pode comprar um apê de 74 metros quadrados e morar em um belíssimo bairro planejado. 

Quanto?

O apartamento de 74 metros com dois quartos sairá por R$ 481 mil, com 60% financiado pela Caixa e 30% com recursos próprios. O imóvel vem com cozinha planejada, fogão, armários embutidos, geladeira, micro- -ondas, máquina de lavar e um condomínio incrível, com 50% de área verde e prédios ocupando apenas 3% da área total. É a excelência que não existe no mundo que queremos para Cascavel.

Qual foi o aprendizado?

A fábrica está pronta há um ano e meio com uma folha de pagamento de meio milhão de reais/mês. Tivemos muitos problemas para aprovar o projeto. E também por incompetência nossa, embora tenhamos enfrentado a má vontade de alguns, afinal tem concorrência agindo, isso é normal, nós empresários somos predadores, sem exceção.

E aqui na região?

Vamos priorizar áreas em que as cooperativas demandam habitação para seus funcionários. Não faz sentido buscarem mão de obra a 100 quilômetros de distância do frigorífico. Morar perto do trabalho é um jeito de enfrentar a alta rotatividade e escassez de mão de obra no setor.

Você esteve com dirigentes da Lar e da Frimesa, como evoluiu a conversa?

As cooperativas precisam de um programa habitacional. E podem apoiar o projeto, viabilizar nossa conexão com os trabalhadores. É uma política corporativa de dignidade para o colaborador, fidelização e retenção de talentos.

A ligação urbana do Ecoparque sem usar as rodovias 163 e 277 não existe… como faz?

Vamos pagar o projeto para nos conectar a Avenida das Torres e Avenida Brasil, ficaremos a 3 mil metros da Univel e 4 quilômetros da FAG ligados por duas pistas de 9 metros cada. O entorno dessas novas pistas comportam os melhores loteamentos da cidade, vamos convidar os proprietários dessas áreas para uma parceria. Antes, porém, vamos tentar viabilizar um aporte do Governo do Paraná para a obra.

E se os vizinhos não forem parceiros?

Se não toparem uma “vaquinha” faremos um outro percurso, paralelo à BR 277, aí os vizinhos que se virem, saímos por outro caminho e eles ficam sem saída.