Poucos identificarão de primeira se falar “Aldino Jorge”. Mas Gugu Bueno, sim. Trata-se do mesmo personagem.
Ao longo de sua trajetória, o deputado foi convencido que os nomes que herdou dos avôs, embora embutissem orgulhosa homenagem, também eram difíceis de gravar na boca do povão.
E quem põe político na urna é povo. “Disputei minha primeira eleição para vereador em 2008 como Aldino. Acabei amargando uma suplência, embora bem votado”, conta o parlamentar.
Gugu então foi convencido a ser o Gugu, apelido de infância que ele relutou para adotar na figura pública. “Me parecia meio infantilizado, que as pessoas não iriam me levar a sério, me trazia até um certo constrangimento, mas deu certo. Na segundo eleição que disputei já surgi como Gugu entre os dois mais votados”, disse.
Acompanhe aqui os principais trechos da entrevista concedida esta semana ao Pitocast, o podcast do Pitoco:
RENATO “PISTOLA”
Perguntaram (ao Renato) muito cedo (sobre a relação com Pacheco a partir de agora). A eleição foi domingo, só o Renato sabe as agressões que sofreu. E teve a pré-campanha, onde o Renato imaginou que receberia o apoio do Pacheco, estavam no mesmo partido. É desaconselhável respostas assim mais agressivas, de outro lado ele é um ser humano ferido, entende-se em alguma medida.
VINGANÇA NO XERIFE
Não acredito que haverá uma vingança contra o Márcio para que ele não consiga se reeleger em 2026. Lógico que ele não estará no rol dos apoiados pelo Paço, mas também nunca esteve em gestões anteriores. Eleição proporcional é diferente, não é como para prefeito, que você tem que derrotar alguém para vencer. Cada um vai para seu canto atrás dos votos.
LAÇOS COM ROEDORES
Em 2018 fui para o gabinete do governador, com a missão de fazer pontes políticas entre o Palácio Iguaçu e pequenos municípios. Dali a pouco o Ratinho chamou um deputado para compor o governo, e eu, suplente, assumi o mandato. Usei a tribuna da AL para sustentar os projetos do governador, ganhei a confiança dele, e me tornei vice-líder do governo na AL. Somos amigos, viajo com ele, frequento a fazenda do Ratinho em Apucarana, além da parceria política, cultivamos uma amizade respeitosa também.
ACEITAÇÃO
Foi somente no domingo da eleição, com a vitória do Renato, que entendi quanto acertado foi eu não ter disputado a Prefeitura. O governador chegou a dizer: se você for para a disputa, será meu candidato. Como em política tem muito achismo, já que as certeza vem somente pelas urnas, entendi no domingo que a decisão foi correta, também porque me permitiu um crédito político para assumir a primeira secretaria da Assembleia Legislativa, função que todos os 54 deputados gostariam de ocupar. Serei o primeiro cascavelense lá.
CURI NO IGUAÇU
Dois anos em política pode ser uma eternidade, mas são grandes as possibilidade do deputado Alexandre Curi disputar o governo do Paraná pelo grupo do Ratinho. Ele assume a presidência da Assembleia agora, transita bem no Judiciário, é influente no Executivo e passa no crivo do Iguaçu. Será protagonista em 2026, seguramente.
RATINHO NO PLANALTO
Se o Bolsonaro permanecer inelegível, e o Tarcisio disputar a reeleição para o Governo de São Paulo, o candidato mais competitivo desse campo é o governador Ratinho Junior, mais que o Caiado, mais que o Zema. O paranaense já aparece com dois dígitos nas pesquisas presidenciais e conta com a popularidade do pai dele, entrando forte nos segmentos D e E no Nordeste brasileiro. Seria um candidato competitivo para enfrentar Lula e a esquerda.
PARANHOS ONDE?
Político tem que ter popularidade e aprovação popular. O Paranhos mostrou isso na eleição em Cascavel. Mesmo sob fogo cerrado da oposição, o grupo venceu a eleição no primeiro turno. Os ataques que sofreu fizeram a vitória do Paranhos ainda maior, já que em Curitiba, Maringá, Londrina, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa os aliados do Iguaçu tiveram mais dificuldade. É público que o governador convidou o Paranhos para ocupar uma secretaria de governo, é o momento dele projetar o nome para além do Oeste do Paraná. Paranhos tá no game!