O Cascavel Futsal venceu duas vezes no mesmo jogo para seguir adiante na Liga Nacional. Foi na última segunda-feira(13), contra a esforçada equipe da Assoeva, de Venâncio Aires (RS). Claramente se ressentindo de uma arena para chamar de sua, a Serpente lotou o ginásio de esportes da Associação Coopavel, que gentilmente vem cedendo as instalações até que a quadra da Neva esteja revitalizada.
No tempo normal, o Cascavel venceu por 4 x 0. Podia até empatar na prorrogação, mas venceu novamente: 2 x 0 embaixo de uma sensação térmica que facilmente passava dos 30 graus. A velocidade do jogo e o calorão faziam parar a partida com irritante constância: era preciso enxugar a quadra. Aqui entra nosso primeiro personagem típico do salonismo: o menino passador de pano.
O artefato que ele usa para absorver o suor do boleiro é basicamente uma haste com um pano largo na ponta. Até ali tem publicidade, no caso, o logotipo do Muffatão. Outra figura indispensável são os “abanadores”. Ambas as equipes desfrutam deste serviço essencial em temperaturas mercuriais. Eles abanam seus panos enquanto o “professor” orienta a equipe nos intervalos. São uma espécie de “ventiladores de toalha”.
ABELHUDOS
A equipe da rádio Colmeia, emissora tradicional nas transmissões esportivas, estava lá, sob o comando do veteraníssimo Neri Puerari, que migrou do noticiário policial para o esportivo. “É quase a mesma coisa”, disse, com algum sarcasmo. Puerari, com mais de três décadas de latinha, ficou notório quando narrou sem camisa uma partida do Cascavel Futsal.
TECNOLOGIA NA ARBITRAGEM
- O VAR também chegou às quadras, e pode ser tão demorado quanto nos campos gramados. O uso da tecnologia para auxiliar a arbitragem seria algo inimaginável para os atletas treinados pelo “professor” João Lemos nos anos 1970 em Cascavel. Até a bola era outra. Era como chutar uma bocha e não “quicava” como a utilizada hoje.
- Em tempo: faleceu, no último dia 9, outro cascavelense ligado ao futsal: o jogo da vida acabou para Joel de Locco, aos 80 anos.