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Construção faz o L 

Mercado de locação de salas comerciais migra para o centro expandido com apagão de estacionamento no coração da cidade

Comerciante do ramo de ótica, Leandro Bernardi costuma contar a visita de um renomado urbanista curitibano a Cascavel, décadas atrás. O especialista cravou: “Esse lugar que vocês chamam de centro tende a declinar do ponto de vista comercial”. A fala soa profética.

Poucas vezes viu-se tanta sala comercial vazia nas franjas do “Calçadão”. Para além das falas proféticas, há outras explicações complementares: o apagão de estacionamento público. Com o Estar (zona azul) off line, ficou impossível estacionar no coração da cidade. Crise de locação no centro pulsante é oportunidade para investidores no chamado “centro expandido”, rua Minas Gerais, por exemplo. Ali, onde era um posto de combustíveis, o empresário Wilson Fistarol, o “Maradona”, canhoto que é, “fez o L”. No caso, construiu o chamado open mall, uma série de salas comerciais que desenham a letra “L” no terreno.

“O open mall abriga lojas de serviços, farmácias, conveniência, academia, lavanderia, panificadora. É um conceito que desobriga o cliente de vir ao centro congestionado, é algo que veremos mais daqui adiante”, diz o diretor da MM Imóveis, Marcos Xavier.

O empresário Natuani Costa também acaba de fazer o “L”. E o imóvel na forma da letra está na rua Recife, típico centro expandido. “É um shopping aberto, diferente de galeria. O desenho com acesso por mais de um ponto ao terreno, convida o cliente a entrar, pois prioriza vaga de estacionamento, ativo fundamental para otimizar locação de salas comerciais”, diz Natuani.

Mal o empresário assentou o último paver e quase todo o empreendimento estava alugado. A âncora do “L” é uma academia. Embora o terreno tenha apenas  2 mil metros, irá ofertar 58 vagas de estacionamento, já que abre espaço subterrâneo para tal finalidade. Mezanino para otimização de espaços e ampla área envidraçada complementam o cenário

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