O empresário Chico Simeão não vai mais aguardar definição do Palácio Iguaçu sobre diferimento do ICMS, ferramenta que permitiria agilizar a construção de estruturas públicas no interior do Ecoparque e que representaria uma contrapartida do Estado ao investimento em habitações populares em Cascavel.
Mediante a indefinição, Simeão e o sócio Luiz Bonacin vão visitar seus bolsos profundos novamente e buscar mais R$ 60 milhões para construir e equipar com recursos próprios e doar para o Estado e município estruturas no interior do Ecoparque como CMEIs (creches), escolas, unidades de saúde e postos policiais, entre outros próprios públicos previstos no projeto.
A fábrica já está construindo as primeiras unidades de um prédio que irá abrigar os funcionários. No total, serão 4.360 apartamentos distribuídos em 36 prédios de 15 andares.
PATO E CHAPECÓ
Simeão esteve visitando Florianópolis, Chapecó, Pato Branco e Goiânia, onde mantém tratativas com o governador Ronaldo Caiado, presidenciável do União Brasil. A implantação do projeto Bairro Integrado Ecoparque está mais avançada em Pato Branco e Chapecó, ambas serão atendidas pela fábrica de prédios de Cascavel.
“CHICO CHATO”
“Em Chapecó o prefeito João Rodrigues não só abraçou o projeto, como já reservou fundos para viabilizar a contrapartida do poder público”, relata Simeão.
Sobre o “indeferimento do diferimento” no Paraná, ele não quis polemizar. “Saí da trincheira, não quero briga, sou sempre bem recebido no Iguaçu, mas não irei mais procurá-los. Isso para evitar que, ao me ver entrar no Palácio, alguém venha a dizer: lá vem aquele chato do Chico”.
PÉS DESCALÇOS
Em Floripa, Simeão foi recebido por um senador descalço, que faz lembrar um chavão populista do ex-presidente Collor (descamisados e pés descalços). Trata-se do veterano Espiridião Amin, que acolheu a ideia do Ecoparque, e indicou Chapecó para o projeto piloto em Santa Catarina.
