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BYD - Por que Cascavel foi escolhida?

“Cruzamos algumas informações socioeconômicas para chegar a Cascavel”, disse o gestor da marca na Servopa, Danilo Maia, homem com 30 anos de “janela” no segmento. “Todas as principais marcas estão em Cascavel, ou chegando. Analisamos dimensão da frota, o PIB da cidade, média de emplacamentos e incluímos a Cascavel no plano de expansão com a certeza que estamos no lugar certo”, disse Maia.

Ele próprio foi surpreendido quando a Servopa o escalou para gerir a BYD, em 2022. “Me considero bem informado na área em que atuo, mas confesso que nem eu, e quase ninguém, conhecia a marca. Então fomos olhar o carro mais de perto, muito bem construído, tecnológico, marketing robusto. Um ano depois, já estamos entre a quatro marcas melhor posicionadas em participação de mercado em Curitiba”, disse. O segredo da vendagem recorde? “É a centelha da novidade”, resume Maia. 

CANETADA NO IGUAÇU

A notícia ruim para os importados chineses chegou quase em segredo no início deste ano. O Palácio Iguaçu, em uma canetada, acabou com a isenção do IPVA para elétricos. Isso que o governador Ratinho Junior havia dito, semanas antes, que manteria. 

O governo do Paraná foi convencido pela Secretaria de Finanças, e talvez por algum lubrificado lobby fóssil, que a renúncia fiscal da isenção bateu em R$ 50 milhões em 2023, número que poderia triplicar neste ano. Ainda assim, segundo dados divulgados pelo Iguaçu, as vendas de elétricos cresceram 123% no Paraná neste primeiro trimestre de 2024.

O Palácio do Planalto também deu uma contribuição para esfriar o apetite chinês, taxando a importação. As barreiras têm razão de ser: montadora nenhuma no planeta consegue acompanhar em tecnologia e preço os veículos da green tech BYD.

CARREGA ONDE?

Como tudo no Brasil, a transição energética para os veículos elétricos virou debate político polarizado nas bolhas ideológicas idiotizantes. Os haters da indústria da fumaça e do barulho dirão: “Carrega onde o elétrico, vai passear de guincho?”.

Pois é. Quando os primeiros veiculos motorizados foram produzidos, no final do século XIX, a versão da época do tiozão do zap disse assim: “Vai abastecer onde esses carros a gasolina? Com cavalo a gente não se preocupa, tem capim à vontade”.

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