Cartas

Daury Augusto

 "Pátria Amada Brasil, né? Domingo de sol, de futebol e alegria, Brasil da utopia, do futebol, ópio do povo brasileiro. Como conviver com a maior paixão da nação com tantas distorções, sofrimento, educação, saúde, segurança, trinômio que abala, que castiga, que fere e que mata. São tantas jogadas, mas jogadas que driblam o povo brasileiro, que ludibriam, mas o grito de gol embargado na garganta de todos nós continua nos sufocando e não conseguimos soltá-lo para que o nosso país se liberte e consiga dar a todos nós os princípios que aprendemos para que sejamos dignos, respeitados e com nossos direitos garantidos pela constituição e pelos preceitos da moral, da honestidade e do respeito ao ser humano. Quem não se lembra do futebol da infância, da ingenuidade de uma criança com a bola nos pés. No rádio Fiori Gigliotti soltava a voz num grito de gol incomparável, Mauro Moraes, Armando Nogueira e tantos outros, como Osmar Santos mais recentemente. Na TV Luiz Noriega, Walter Abrahão, Luciano do Valle e a nossa paixão pelo futebol. Será que mudamos tanto que não despertamos mais esse sentimento puro, ingênuo, desprovido de qualquer maldade, será que não é hora de darmos uma trégua de trinta dias apenas, resgatarmos o nosso patriotismo, o nosso amor puro pela Pátria e mostrarmos o nosso grande país para todo o mundo? Qual pais é melhor que o Brasil? Não precisamos trocar o nosso povo, não precisamos trocar as nossas belezas da natureza, não precisamos apagar o brilho da nossa alegria, precisamos sim trocar os homens de mau caráter, consertar os erros de uma nação que necessita, que clama por um governo justo, honesto e competente. É necessário resgatarmos o nosso amor pela Pátria, cantar o hino nacional com o amor de uma criança, fazer deste país o melhor de todos, não apenas no futebol, não apenas da "copa das copas", mas sim, o país dos países. 
    
 
(Daury Augusto)